Como gerir a frustração no trabalho

Como gerir a frustração no trabalho

Qualquer ser humano que tenha uma atividade profissional, em algum momento passa por isso: sensação de insatisfação, irritabilidade, desânimo, falta de motivação. Com toda certeza, as razões variam muito. Mas a frustração no trabalho sempre acaba afetando a qualidade de vida.

Relacionamentos complexos, projetos que não avançam, resultados insatisfatórios…. Ou então atividades desgastantes, pouco reconhecimento,  falta de perspectivas de evoluir. Enfim, a lista de causas é longa. E o efeito moral é sempre negativo.

As insatisfações sucessivas  não apenas geram estresse, mas também minam a nossa energia e sugam nossas emoções.

Assim como um elástico, a gente vai esticando até o limite, e sente que eventualmente vai  arrebentar. Sem dúvida, é difícil ser produtivo numa situação assim.

Muitas vezes, esses momentos duram pouco tempo, e são superados. Nesses casos,  os desafios podem até injetar determinação e criatividade à nossa dinâmica de trabalho.

O problema, entretanto, é quando em vez de ser um obstáculo ocasional, a frustração no trabalho se agiganta. E assume a forma de uma avalanche que vem pra nos soterrar. Essa é frustração crônica.

Emoções destrutivas

A frustração crônica vai virando angústia, medo, raiva. Essas emoções destrutivas  servem como um sistema de alarme.

Quando o alarme toca,  o nosso corpo entra em alerta máximo. Hormônios como a adrenalina e o cortisol percorrem nossas veias, os músculos se contraem instintivamente para permitir movimentos rápidos, como a fuga. As mãos suam, e a respiração e os batimentos cardíacos aceleram. Dá vontade de chorar, de gritar, de sumir. Quem nunca?

Certo, sabemos que todo mundo fica frustrado alguma vez, ou  se sente sobrecarregado no trabalho. Todo mundo  tem problemas, se irrita e se aborrece.

Porém, em geral esses são os chamados “ossos do ofício”. Geram emoções negativas de curta duração.

No entanto, quando esses sentimentos viram companheiros constantes do trabalho, eles nos mantém hiperalertas o tempo todo. E aí nossos cérebro já não funciona mais de maneira eficiente. Perdemos o foco, e muitas vezes o controle da situação.

Conflito, cansaço, apatia

Assim mesmo, é fácil confundir o estresse com a pressão. Na verdade, quando estamos sob pressão, podemos ter um bom desempenho nas  tarefas em que temos prática.

Mas quando estamos sob estresse crônico, nosso pensamento complexo, raciocínio e habilidades sociais sofrem prejuízo. Nossa capacidade de processar e usar informações fica comprometida, assim como nosso julgamento.

Temos mais dificuldade em ser flexíveis ou abertos a novas ideias e começamos a ver as coisas de maneira simplista. Reagimos exageradamente a pequenas  contrariedades, e qualquer contratempo assume proporções de drama. O estresse alimenta o conflito.

A frustração também pode gerar cansaço emocional. Nesses casos, vamos ficando desinteressados, desligados, apáticos. Deixamos de contribuir.

E assim, de um jeito ou de outro, não só não conseguimos mais fazer nosso trabalho, como também acabamos virando a pessoa com quem ninguém mais quer trabalhar. Em suma, tudo de ruim.

Se esse é o seu caso, você não está sozinho. De fato, mais da metade dos brasileiros identifica o trabalho como fonte de estresse. O que nem todo mundo leva em conta, porém, é que  quando o estresse não é tratado, pode levar a outras condições graves de saúde mental, como ansiedade e depressão.

Um levantamento de várias pesquisas indica algumas das causas mais comuns de estresse ou frustração no trabalho. Elas incluem uma gestão ineficaz (74%), carga de trabalho pesada e prazos muito apertados (60%), comunicação ruim e  pouco reconhecimento do trabalho dos membros da equipe (57%) e pouco acesso a recursos ou informações necessárias para realizar o trabalho (37%).

Devo ficar ou ir embora?

É sempre uma boa ideia considerar  se vale a pena permanecer no emprego atual ou explorar novas oportunidades. É saudável manter a mente aberta para as ocasiões de mudança que possam surgir.

Contudo, também é importante  refletir sobre o que podemos fazer para  minimizar as frustrações que enfrentamos onde estamos. Afinal, uma das raízes da nossa insatisfação profissional é a nossa dificuldade de gerir as emoções que as circunstâncias provocam em nós.

E se não conseguimos lidar com os nossos sentimentos de maneira positiva, nada garante que o que o roteiro vai ter final feliz só porque mudamos de cenário.

Por outro lado, assumir o controle das nossas frustrações, e até mesmo adaptar nossa perspectiva, pode melhorar significativamente  nosso humor e nossa visão do trabalho. Em outras palavras, mudar a maneira como reagimos ao que nos incomoda pode transformar esse incômodo em algo construtivo.

Faça uma pausa 

Portanto, se você está vivendo um momento de intensa frustração no trabalho, faça uma pausa.  Refletir com calma, antes de decidir o que fazer a seguir, ajuda a evitar a tomada de decisões precipitadas e impulsivas.

Cada um tem uma de maneira diferente de reagir a experiências sociais, e a frustração no trabalho é uma delas. Todavia, fazer uma pausa pode ajudar a criar energia positiva e fortalecer  sua capacidade de lidar com uma situação complicada.

A frustração e o estresse no local de trabalho nos impedem de pensar com clareza, e nos levam a reagir emocionalmente.

O objetivo é criar tempo e espaço para esvaziar a mente primeiro. A cabeça quente não toma boas decisões. A distância também ajuda a colocar todos os fatores em perspectiva, e a refletir melhor. Tire uma semana de férias.

Se você, como tanta gente atualmente, trabalha remotamente, desligue-se de tudo pelo menos por um dia inteiro durante a semana. Um dia útil sem trabalho ajuda bastante olhar as coisas pelo lado de fora. É difícil ver tudo  com clareza e a racionalidade quando se está envolvido.

Assuma o controle

Ficar com pena de si mesmo e se acomodar no papel de vítima é uma armadilha em que é fácil cair.  Mas essa postura não combina com sucesso. Isso significa que você está atribuindo a outras pessoas, ou mesmo à sorte, a responsabilidade pelo seu próprio êxito ou fracasso.

Se, ao invés, você se colocar num papel produtivo e proativo, você se auto-empodera. E naturalmente, assim terá muito mais chances de superar  os obstáculos.  Procure formas para fazer suas frustrações trabalharem a seu favor, e não contra você.

Se isso parece difícil,  tente seguir esse passo-a-passo :

Primeiro passo:  identifique os gatilhos de alerta  

Sentir qualquer emoção negativa no trabalho já um sinal de alerta. Ele indica que é  hora de dar para passo atrás, segurar os pensamentos por um momento e buscar equilíbrio antes de reagir.

Faça uma análise dos seus potenciais gatilhos emocionais, ou seja, que tipo de reação certas atitudes ou  situações inspiram em você. Por exemplo, como você reage a críticas? Ou à decepção, quando algo que você esperava não acontece?

Depois que você identificar seus principais  gatilhos emocionais, e entender as emoções que eles despertam,  você pode começar a treinar suas reações a esses estímulos negativos. É uma questão de disciplina e treino.

Mas vale a pena: você terá assim mais poder para escolher uma reação mais saudável ou mais apropriada.

Esse processo permite que você regule as emoções de forma a ser mais  resiliente. Você consegue  controlar melhor a situação, em vez de deixar que as suas emoções joguem contra você.

Segundo passo: faça uma análise clara

Pergunte a si mesmo: Por que estou me sentindo frustrado? O não está funcionando para mim?

Em seguida, considere a resposta a essa pergunta com toda a objetividade: Sou parte do problema ou parte da solução?

Muitas vezes, é a nossa própria visão, ou atitude, que não nos deixa avançar, ou que nos coloca em posição de desvantagem. Se você consegue reconhecer que a sua postura está sendo prejudicial, já fez progresso. Daí para frente fica mais fácil fazer adaptações para melhorar a situação.

Entretanto, se  você  determinar que não faz parte do problema, pode mudar seu foco. Pergunte-se  quais são as oportunidades potenciais de que você pode aproveitar para se sentir em posição de vantagem.

Essa parte envolve criatividade e um certo jogo de cintura, e quando estamos descontentes isso fica mais difícil. Por essa razão, conversar com alguém que você respeita e em quem confia pode fazer muita diferença.

Outras pessoas podem apresentar uma nova perspectiva, e ajuda-lo a identificar oportunidades e recursos em que você não havia pensado anteriormente.

Terceiro passo: expanda seus horizontes

Você identificou seus gatilhos e entendeu como geri-los, e na sequência analisou a situação e sua opções. Agora é hora de começar a investir num curso de ação.  Aqui, vale lembrar: é muito provável que você ainda experimente mais frustrações até achar o rumo certo.  Faz parte do percurso.

Uma coisa que ajuda sempre é obter o máximo possível de conhecimento e informações relevantes. Quanto mais você sabe e entende – e mesmo pode ensinar – sobre aquilo que faz diferença no seu trabalho, mais oportunidades você tem. E mais auto-estima também, e isso, com certeza, é o melhor antídoto contra a frustração.

Então ative sua curiosidade, pesquise, investigue, aprenda, instrua-se. Como já dizia o filósofo inglês Francis Bacon (1561-1626), “Saber é poder”.

Você pode também procurar desenvolver mais suas soft skills (habilidades leves, ligadas à inteligência emocional). Elas são ferramentas indispensáveis para quem quer avançar.

Aumentar as suas aptidões e competências técnicas vão igualmente aumentar suas oportunidades e, em consequência, sua satisfação pessoal.

Quarto passo: tenha foco, mas pense “fora da caixa”

A auto-disciplina e a persistência na busca dessa satisfação são essenciais. Porém isso não quer dizer ser rígido e mono direcionado. Ao contrário,  a inventividade, e sobretudo, a maleabilidade, são indispensáveis.

Imagine, você põe todo o seu empenho a fim de obter um certo resultado, e no final não dá certo. Tem que ter outras cartas na manga. Considere sempre outras alternativas, mesmo que de cara elas não sejam bem o que você quer.

Você não pode controlar todos os desfechos, mas se estiver predisposto a trabalhar com o inesperado, vai achar mais fácil redirecionar as coisas num sentido mais favorável. Essa capacidade pode abrir muitas portas na sua carreira.

Por último, mas não menos importante, cuide da sua saúde

Seu trabalho é importante, mas seu bem-estar é mais ainda. É principalmente da sua saúde física e mental que depende o seu equilíbrio e o seu bom desempenho profissional.

Descanso, laser, esportes, vida social e uma boa alimentação têm tanta influência no seu sucesso quanto a sua competência e experiência. Não negligencie esse aspecto.

Espairecer e recarregar as energias contribui para lidar melhor com situações desafiadoras. Manter uma dieta equilibrada, incluindo fontes de probióticos, estimula a sua microbiota e abastece o seu cérebro.

A sua produtividade e a sua satisfação profissional dependem de tudo isso.

Com a colaboração de Thalita Mion

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