Grandes incêndios em toda parte

Grandes incêndios em toda parte

 

Não, esse post não é sobre a série da Netflix. É sobre os grandes incêndios que destroem as florestas nativas em toda parte do mundo. Desde dezembro passado, o fogo já consumiu quase 18 milhões de hectares na Austrália. Queimou, nas últimas semanas, uma imensa área na costa leste americana, que vai da Califórnia ao estado de Washington. Em julho e agosto, diversos focos levaram centenas de milhares de pessoas a se deslocarem na França, na Grécia e em Portugal, e também na África do Sul. E no Brasil, seguem devastando a Amazônia e o Pantanal, e aumentado o aquecimento global.

São incêndios avassaladores, que destroem biomas e biodiversidade do planeta. Matam pessoas, animais e tornam o ar irrespirável.

Não só isso: eles liberam dióxido de carbono, o que contribui ainda mais para o aquecimento global.

Grandes incêndios destroem florestas-2

Embora os grandes incêndios que destroem florestas nessas proporções sejam desastres ambientais irreparáveis, eles estão longe de ser inesperados.

Há anos os ambientalistas vêm alertando sobre as consequências das mudanças climáticas em toda parte.

Contudo, esses avisos nunca impulsionaram uma ação urgente e eficaz. Porque para conter a trajetória real das mudanças climáticas, e evitar seus impactos a longo prazo, é preciso entender que tudo remonta a uma só causa: como cultivamos nossos alimentos.

Fogo gera comida 

Os humanos vêm influenciando a terra e o meio ambiente em prol da alimentação por séculos. O nosso sistema alimentar, no mundo todo, depende de terras abertas.

Isso ocorre porque os grãos de cereais monocultivados estão no centro de nossa dieta.

Em princípio, o cultivo de grãos é econômico, e facilmente transformado em alimento processado.

No entanto, a indústria agrícola e os agricultores cortam uma média de 5 milhões de hectares de árvores por ano, para dar espaço a plantações de milho, trigo e soja.

Monoculturas por trás dos Grandes incêndios florestais-3

Certamente, a maneira mais fácil de fazer isso é acender fogueiras para queimar árvores, arbustos e mato e, em seguida, limpar o solo para plantar as monoculturas.

Isso é chamado de agricultura de roça ou corte e queima. Ela é praticada em todo o Brasil, e é exatamente o que está se fazendo na Amazônia agora.

Comida gera fogo

Sem nem sequer considerar os efeitos negativos dessa dieta na saúde, já é claro que essas práticas destrutivas do uso da terra para obter o alimento são insustentáveis e a principal causa das mudanças climáticas.

À medida que a população aumenta, nossa necessidade de produção de alimentos se expande. Os humanos trabalham para limpar mais terras e cultivar mais alimentos.

Conforme as florestas são queimadas e desmatadas, o carbono é liberado na atmosfera e os ecossistemas são prejudicados. O excesso de carbono não tem para onde ir, criando o efeito estufa. As temperaturas sobem.

Quanto mais as temperaturas se elevam, mais grave é a seca, e consequentemente, a degradação dos ecossistemas e da saúde ambiental.

Como resultado, “é preciso” desmatar mais terras mais terras para alimentar uma população cada vez maior. As altas temperaturas e a seca também significam que os incêndios florestais têm maior probabilidade de se alastrar fora de controle.

Portanto, é um círculo vicioso: o fogo causa aquecimento, o aquecimento causa os grandes incêndios.

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Madeira queima, florestas não

Com toda a certeza, uma floresta saudável, de mata virgem, está cheia de madeira.  No entanto, não pega fogo. Isso se deve a um processo chamado “evapotranspiração”.

A vegetação absorve a água do solo e depois a devolve à atmosfera por “transpiração”, sob forma de vapor.

Desmatamento e grandes incêndios que destroem florestas-5

Assim, a umidade impede que as folhas e os galhos mortos sequem até o ponto de combustão. Mesmo na estação seca, onde pode haver pequenos incêndios isolados em uma paisagem mais árida, uma floresta não queima de forma descontrolada.

Entretanto, a devastação sucessiva das áreas verdes vem expondo a natureza a uma número cada vez maior de riscos. A interferência humana e estiagens prolongadas ressecam a vegetação que antes retinha a umidade.

Em consequência, pastagens e colheitas ressecam o solo e deixam resíduos altamente inflamáveis. E com isso, um raio ou uma faísca podem causar a destruição de centenas de hectares em questão de minutos.

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Crédito: Christian Braga / Greenpeace

Os grandes incêndios que destroem florestas agora são incontáveis. Matas, parques nacionais e terras agrícolas que hoje ardem em chamas foram todos ressecados na esteira das altas ondas de calor e da seca.

Os desmatamentos das áreas vizinhas transformam as regiões em verdadeiros barris de pólvora. Com combustível no caminho, fica difícil conter os incêndios.

Agroflorestas no lugar das monoculturas

Apesar de ser o gerador do problema, a produção de alimentos também pode ser a solução. Ela será a consequência da adoção de métodos métodos agrícolas sustentáveis.

Isso implica na incorporação de árvores ao processo de cultivo, na manutenção do solo sempre coberto pela vegetação e na substituição das monoculturas pelas agroflorestas sucessionais, também conhecidas como agricultura sintrópica (clique aqui).

A agricultura regenerativa (clique aqui)  tem um impacto positivo no meio ambiente. O cultivo de culturas de importância agronômica em consórcio com a floresta protege o solo, favorece a biodiversidade e dispensa o uso de pesticidas e agrotóxicos.

VANTAGENS DA AGROFLORESTA:

A agrofloresta e a agricultura regenerativa ajudam a evitar grande incêndios que destroem florestas-7
Crédito: https://pontobiologia.com.br/

Os sistemas agroflorestais diminuem o risco de incêndio conservando a umidade da terra, reduzindo sensivelmente as alterações climáticas e permitindo o sequestro de carbono.

Mas os benefícios dos sistemas agroflorestais não são só ambientais. A introdução de práticas de agricultura permite também a obtenção de produtos de maior qualidade.

Há rendimentos mais elevados e uma maior diversificação de atividades – e como resultado, do lucro. E de quebra ainda diminui o risco associado aos sistemas de monocultura.

Da mesma forma, quando pararmos de arrancar nossas árvores e começarmos a aproveitar seus benefícios, veremos uma mudança nas tendências climáticas negativas que assolam as regiões sujeitas a desastres naturais.

Com isso, podemos criar um ciclo positivo em que plantar mais árvores e acabar com o desmatamento resulta em padrões climáticos previsíveis. Teremos ecossistemas mais saudáveis ​​e menos árvores perdidas em incêndios florestais catastróficos sem precedentes.

Crédito foto de abertura: VICTOR MORIYAMA/GREENPEACE/AFP

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